DOANDO.ORG

doando.org

quarta-feira, maio 25, 2005

CALL CENTER OFFSHORE


Call Center Offshore: nova tendência no mercado Se você é fluente em inglês ou espanhol, fique atento a essa oportunidade

Por Clarissa Janini

Depois do boom do telemarketing em todo o País, uma nova tendência está ganhando força na área de telecomunicações: o chamado Call Center Offshore, em que empresas estrangeiras (especialmente norte-americanas) contratam call centers no Brasil para fazer atendimento internacional. Segundo a vice-presidente da ABT (Associação Brasileira de Telemarketing) e presidente do grupo AM3, Ana Maria Monteiro, o serviço está presente há no máximo dois anos em território nacional, e as perspectivas de contratação estão cada vez mais favoráveis. “Ano passado foram cerca de 500 vagas na área, e este ano a expectativa é o dobro de contratações. Mas o número pode ser ainda maior, pois nesse setor nossas previsões nunca ficam aquém do esperado”.
As causas para esse crescimento são o fato de as empresas estarem reduzindo custos cada vez mais – o que aumenta a terceirização de serviços – e a boa qualidade e preparo do Brasil no setor de telecomunicações. “Isso se aplica à região de São Paulo, especialmente. Mas temos planos de expansão para a Bahia ainda este ano, pois lá existe demanda para o serviço em função das grandes redes hoteleiras”, afirma Mathe Pavani, diretora de contact center da EDS no Brasil. Ela ainda diz que o primeiro semestre deste ano foi marcado pelo grande número de empresas estrangeiras que vieram ao País para verificar as condições e preparo dos call centers daqui. “Os resultados foram muito positivos, e por isso mesmo nossa previsão é que no segundo semestre haja aumento de empresas interessadas na contratação do serviço. Mas o boom do Call Center Offshore no Brasil se dará mesmo em 2006, de acordo com nossos levantamentos”.
Fluência é essencialE quais são os pré-requisitos para o profissional de call center offshore? Segundo as entrevistadas, dominar fluentemente o idioma é fundamental. A grande maioria das empresas é norte-americana, seguida por britânicas, ou seja, o inglês é a língua mais visada. Mas a crescente expansão comercial na América Latina faz com que o espanhol também seja bem-vindo. Outras exigências são: técnicas operacionais para a função, bom preparo psicológico, nível cultural satisfatório, domínio de ferramentas de informática, entre outras. Mas preencher a vaga não é tão simples quanto se pensa. “De cada 100 pessoas que participam do processo seletivo, apenas dez estão qualificadas para exercer a função. E isso em São Paulo, que costuma ter mão-de-obra mais preparada”, alerta Ana Maria.
Existem escolas de idiomas que preparam cursos especializados para o serviço de call center. É o caso da Seven Idiomas, que possui processos de capacitação em telemarketing com simulação em inglês. “Quando a primeira empresa nos contatou e pediu o curso específico nós aceitamos na hora, pois é um desafio bastante interessante”, afirma a diretora da escola, Adriana Albertal. “Acho que o call center offshore abre um mercado de trabalho fantástico. A pessoa tem novas oportunidades de carreira e ainda corre atrás do idioma”.
Vantagens do offshoreA remuneração é um dos principais atrativos da carreira. “Um operador bilíngüe ganha cerca de 30% a mais do que o de call center comum. Se for trilíngüe, o valor sobe para 50% a mais”, diz a diretora da EDS. Ana Maria Monteiro afirma que o valor passgo na AM3 é de aproximadamente R$ 11 por hora, e a carga horária é de 36 horas semanais. “Mas é preciso lembrar que se deve acompanhar o fuso horário do país de origem”. Outra vantagem apontada por Mathe é a possibilidade de mudança de localidade – o funcionário pode ser transferido para outra filial da empresa em um dos 60 países em que a EDS está presente.

Um comentário: