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terça-feira, junho 29, 2010

Como o Ministério da Justiça investe no autodesenvolvimento dos profissionais?

Por Patricia Bispo


A busca pelo constante aperfeiçoamento e aquisição de novas competências, tanto técnicas quanto comportamentais, leva inúmeras empresas e profissionais a identificarem quais os recursos - focados na área de Treinamento e Desenvolvimento - que mais se enquadram às suas respectivas necessidades e realidades corporativas. Dentro desse contexto, o autodesenvolvimento é considerado um recurso valioso para as organizações competitivas e as pessoas que desejam destacar-se com talentos diferenciados para o mercado.
Uma organização que acredita nos benefícios gerados pela educação continuada dos seus funcionários é o Ministério da Justiça, que desde 1998 adotou o Programa de Autodesenvolvimento - ferramenta desenvolvida pelo RH.com.br, que oferece textos didáticos, objetivos, ilustrados, de rápida leitura e fácil compreensão para os diferentes níveis hierárquicos da instituição.
De acordo com Ednéia de Souza Costa, coordenadora de Desenvolvimento de RH, o Ministério da Justiça conheceu a ferramenta através do próprio site RH.com.br e após algumas conversas com o coordenador-geral da área, chegaram à conclusão de que o Programa de Autodesenvolvimento se tornaria recurso democrático de acesso ao desenvolvimento dos profissionais.
"O MJ possui alguns projetos estratégicos que visam, principalmente, o desenvolvimento profissional de sua força de trabalho. Com a instituição do Programa de Autodesenvolvimento, o RH tornou-se mais estratégico, visto que disponibiliza conhecimento ao alcance de um click", comenta, ao tempo em que a ferramenta estimula a discussão de temas relevantes na condução e no gerenciamento de equipes. Ednéia de Souza Costa afirma, ainda, que Programa de Autodesenvolvimento oferece aos gestores acesso a ricos conteúdos referentes às temáticas como, por exemplo, liderança e trabalho em equipe - um dos grandes desafios da gestão de RH do Ministério da Justiça.
Vale destacar que o conteúdo do Programa de Autodesenvolvimento está ao alcance de todo o servidor ou colaborador do MJ. Como a instituição possui em sua cultura a valorização dos recursos multimídia, o conteúdo disponibilizado através do correio eletrônico, bem como permanece acessível na intranet da instituição, especificamente na Biblioteca Virtual.
Seleção do material - Quando indagada como a área de RH do Ministério da Justiça escolhe o conteúdo a ser disseminado entre os profissionais, a coordenadora de Desenvolvimento de RH cita que não existe um critério pré-definido para a seleção dos textos." Geralmente, procuramos disseminar aqueles que, de alguma forma, estejam ligados a temas em que estamos trabalhando nas capacitações presenciais. Nas semanas em que estão sendo realizadas capacitações presenciais para os gestores, por exemplo, disponibilizamos textos cujos temas guardam correlação com os conteúdos desenvolvidos nos cursos", enfatiza.
Dentre os temas oferecidos pelo Programa de Autodesenvolvimento, encontram-se: Administração de Tempo; Assertividade; Coaching - Mentoring e Carreira; Comunicação e Etiqueta Profissional; Desempenho Profissional; Entusiasmo e Motivação; Ética e Comportamento; Competências Gerenciais; Negociação e Solução de Conflitos; Processo Decisório e Delegação; Qualidade de Vida; Educação Financeira; Quebra de Paradigmas Mudança; Realização Profissional e Pessoal; Relações Interpessoais; Reuniões e Feedback, dentre outros.
Avaliação dos resultados - Para mensurar os resultados gerados pela ferramenta de autodesenvolvimento, a área de RH do Ministério da Justiça mantém um canal de comunicação aberto. Através do link para a área de RH os servidores e os colaboradores, frequentemente, enviam sugestões, reclamações, elogios. "Por este canal, recebemos inúmeras manifestações acerca do Programa de Autodesenvolvimento. Os feedbacks são bastante positivos. Alguns servidores nos ligam para elogiar os textos ou para sugerirem que temas gostariam que fossem disponibilizados por meio do programa", destaca Ednéia de Souza Costa.
Benefícios - Segundo a coordenadora de Desenvolvimento de RH, os diretos proporcionados pelo Programa de Autodesenvolvimento relacionam-se à diminuição nos gastos com capacitação, visto que alguns textos são tão completos que é possível usar o material em reuniões de grupos, como os que focam assuntos sobre relacionamento interpessoal e comunicação interna. Ela menciona, ainda, o fato de que através dessa ferramenta a área de RH alcança um significativo número de servidores, visto que grande parte deles lê os conteúdos disponibilizados. Quanto aos ganhos indiretos, ela argumenta que o mais importante é a possibilidade que os textos abrem espaço para as discussões e isso, por sua vez, as pessoas.
Outro detalhe importante é que o Programa de Autodesenvolvimento possui boa aceitabilidade junto ao corpo funcional do Ministério da Justiça. Ednéia de Souza Costa acredita que isso se deve formato em que os textos são estruturados. A linguagem de fácil entendimento mais a parte lúdica das ilustrações são ótimos atrativos, para que utiliza o material.
"O Programa de Autodesenvolvimento tem uma aceitabilidade tão grande, que a maior parte das pessoas que se desligam do MJ, nos procuram para externar sua preocupação com o fato de não mais terem acesso aos textos disponibilizados pelo RH", destaca, ao assinalar que nenhuma empresa, seja ela pública ou privada, sobrevive sem o seu capital humano. E como as organizações são constituídas por pessoas, é imprescindível para o crescimento de qualquer instituição, o investimento no desenvolvimento profissional de colaboradores.
Serviço:Clique aqui e conheça o Programa de AutodesenvolvimentoE-mail: vendas@rh.com.br Fones: São Paulo (11) 3711.2533; Rio de Janeiro (21) 3521.7899; Belo Horizonte (31) 3231.4040; Curitiba (41) 3941.5577; Porto Alegre (51) 3251.5950 e Recife (81) 4062.9793.
Patrícia Bispo - Formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco/Unicap. Atuou durante dez anos em Assessoria Política, especificamente na Câmara Municipal do Recife e na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Atualmente, trabalha na Atodigital.com, sendo jornalista responsável pelos sites: www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br.

Comportamento ético

Por Jerônimo Mendes


A ética é uma questão importante na vida pessoal e profissional das pessoas. Diz respeito ao código de princípios e aos valores morais que norteiam o comportamento de uma pessoa ou mesmo de um grupo. Portanto, a ética define padrões sobre o que julgamos ser certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto, legal ou ilegal na conduta humana e na tomada de decisões em todas as etapas e os relacionamentos da nossa vida. Você se considera uma pessoa ética?
De acordo com Aristóteles, filósofo grego do século IV antes de Cristo, "algumas coisas são agradáveis por natureza e, entre essas, algumas o são em sentido absoluto e outras em relação a determinadas classes de animais ou de homens. Por outro lado, entre as coisas que não são agradáveis por natureza, algumas se tornam agradáveis por efeito de distúrbios no organismo, outras por causa de hábitos e outras ainda por causa de uma natureza congenitamente má".
Considerando o pensamento de Aristóteles, não é difícil imaginar o que leva uma pessoa a desviar sua conduta e manifestar um comportamento condenável ante o padrão estabelecido pela sociedade em geral. Naturalmente, ser ou não ser ético depende muito dos valores envolvidos em cada situação, da sua formação educacional e religiosa, da sua experiência de vida e também do ambiente onde as pessoas estão inseridas. O fato é que não se pode desprezar o conceito, pois onde quer que você vá, as pessoas estão promovendo julgamentos de toda ordem sobre aquilo que você pensa, diz, realiza e escreve.
Algumas das principais razões pelas quais os seres humanos envolvem-se em comportamentos não éticos são a sua natureza essencialmente competitiva e a busca predominante da vantagem sobre algo ou alguém. Para ajudá-lo a repensar essa questão, tomei a liberdade de resgatar alguns episódios testemunhados ao longo da minha carreira pessoal e profissional e submetê-los à sua fiel interpretação. Avalie a questão sob o ponto de vista da ética e decida de acordo com os seus valores e os seus princípios.- Você é responsável pelos processos de compra numa grande empresa distribuidora de materiais de construção. Por conta de uma reforma geral em andamento na sua própria casa, sua situação financeira não é das melhores. Consciente da situação, um dos fornecedores lhe propõe arranjar todo o material de que você precisa, gratuitamente, desde que os pedidos de compra da sua empresa sejam direcionados para a empresa dele. Ele promete manter sigilo e não aumentar os preços que já pratica para a sua empresa. O que você faria?- Você viaja constantemente e a política da empresa diz que pode se hospedar em hotéis com diárias de até 200 reias. Você encontra bons hotéis com diárias que variam de 80 a 120 reais e ainda lhe oferecem a possibilidade de emitir comprovante no valor máximo reembolsável pela empresa para ajudá-lo. O que você faria?- Você é o gerente financeiro da empresa onde trabalha há mais de dez anos. Um dos sócios lhe procura para solicitar uma transferência de valores, em pequenas quantidades semanais que, somadas, farão uma grande diferença no resultado anual da empresa. Que fique apenas entre nós dois - comenta o sócio. Você precisa muito do emprego e o outro sócio tem por você enorme consideração. O que você faria?- Você é uma pessoa extremamente rígida quando se trata de dinheiro alheio, um comportamento que você herdou dos seus pais e é motivo de orgulho para a família. Você foi admitido na empresa há um mês e vai almoçar com o chefe pela primeira vez. Cada uma paga a sua conta, porém você vê que ele pediu a nota fiscal com o valor duas vezes maior do que a despesa realizada e sabe que ele vai solicitar o reembolso da empresa. O que você faria?- Você foi flagrado no radar dirigindo o seu possante com velocidade superior a 150 km/h. O agente rodoviário aproxima-se, pede para ver os documentos e o convida para sair do carro e assinar o auto de infração. Ao se aproximar da viatura policial você fica sabendo que a multa vai pesar no bolso. Entretanto, o agente lhe sussurra baixinho que se você deixar um bom trocado para o "café", ele faz de conta que não aconteceu nada e você está liberado. O que você faria?- Você ficou sabendo que o filho do seu melhor amigo está desviando peças do almoxarifado da empresa para vender no mercado paralelo de autopeças. Ele foi admitido na empresa com a sua recomendação, afinal, ele é também seu afilhado. Acontece que o seu melhor amigo está desempregado há um bom tempo e, no momento, o filho dele representa a única renda da família. Se você denunciá-lo, a renda cessa e sua reputação poderá ser prejudicada. O que você faria?Imagino que você tenha sido sincero nas respostas. Um bom começo é praticar aquilo que tanto exigimos do governo, das empresas, dos empregados e da sociedade. Não quero mencionar os políticos, pois acredito pouco nos seus netos que ainda não nasceram. Ser ético não é tão simples quanto se imagina. O discurso é bom, mas na prática ocorre algo muito diferente.
Todas essas questões fazem parte do cotidiano das empresas e das pessoas. O que você poderá fazer com elas será o seu maior desafio, portanto, quero compartilhar algumas lições simples - aprendidas com meus pais, bons chefes e colegas de trabalho - que me fazem viver a vida de maneira que eu possa deitar a cabeça no travesseiro e acordar tranquilo todos os dias. Pense nisso e seja feliz!
Jerônimo Mendes - Ao longo de vinte e cinco anos de carreira, Jerônimo Mendes trabalhou em empresas como Kablin, Bamerindus, Brahma, Texaco, Volvo e CSN. É Professor Universitário, palestrante e administrador de empresas formado pela FAE - Faculdade Católica de Administração e Economia, com curso de especialização em Logística Empresarial também pela FAE e Formação em Consultoria pelo IEA - Instituto de Estudos Avançados, de Santa Catarina. É especialista em empreendedorismo, plano de negócios e gestão de empresas, tendo publicado vários artigos sobre o assunto em jornais, revistas e sites especializados na Internet. Sócio-gerente da Consult Consultoria de Gestão e Treinamento, tem a missão de assessorar empresas em todo o país com treinamentos e consultorias na elaboração de planos de negócios, reestruturação e gestão integral. www.jeronimos.com.br