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domingo, junho 30, 2013

Carreira: pessoas certas no lugar certo

Por Leonardo Siqueira Borges para o RH.com.br

Para exemplificar o caso sugiro que pensem em um atleta maratonista, especialista em grandes distâncias e que tem uma capacidade de resistência para correr vários quilômetros para atingir seu objetivo. Se o seu treinador mudar a participação dele para uma prova dos 100 metros rasos, qual será o resultado dele? Com certeza ele completará a prova. Mas não irá vencer, pois não é sua especialidade. E o que irá acontecer com ele? Provavelmente ficará insatisfeito com seus resultados, estressado e infeliz.

Muitas vezes nas organizações percebemos esse tipo de situação: pessoas altamente capacitadas em lugares errados, que deixam de produzir o seu melhor para trabalhar em uma área que não tem nada a ver com seus conhecimentos e o que é pior - gerando insatisfações dos funcionários, rendendo menos e reclamando sempre.


Temos que aumentar a consciência do subaproveitamento para a empresa e o funcionário. Importante destacar que mesmo os melhores treinamentos técnicos não conseguem operar milagres se o profissional não tem o perfil comportamental adequado para a função. Você conhece a regra de Jack Welch, ex-CEO da General Electric? De acordo com ele, a regra (20 - 70 - 10) representa a curva de vitalidade da empresa, fundamentada nos pilares que seguem abaixo.


Os 20% melhores: são os que podemos identificar como estrelas. São aqueles que fazem as coisas acontecerem. Sendo assim, você não deve permitir que eles partam, ou seja, precisa reter esses talentos.


Os 70% que compõem a média: são aqueles que fazem roda girar. São necessários dentro das organizações e nesse caso, a empresa precisa identificar se estão nos lugares certos para gerar os resultados esperados, além de merecer constante atenção, pois alguns destes talentos poderão passar para o grupo seleto dos 20%.


Os 10% de pior desempenho: são os mais problemáticos, descontentes e desmotivados. São os que contaminam o ambiente de trabalho, costumados a "ver o copo meio vazio", só reclamam e não fazem nada para melhorar. Cabe ao líder recuperar alguns deles para a zona dos 70%. Caso a liderança não tenha sucesso, os profissionais que pertencem a esse grupo são os que quando chegam às crises, o gestor deve permitir que saíam da organização e sejam felizes em outro lugar.


Em que lado você pretende estar? Espero que busque sair dos 70% e queira entrar no grupo dos 20%, mas para isso é preciso fazer a diferença, desafiar-se e surpreender. E você - gestor - tem grande importância com seus funcionários. Isso, por exemplo, ocorre na oportunidade de fazer uma boa avaliação de desempenho, já que essa ferramenta irá permitir que você exerça o papel de coach - ação fundamental para a orientação e o direcionamento de carreira dos membros da sua equipe.


Finalizando este artigo, claro que é pertinente que as pessoas possam vivenciar novas experiências, conhecer outro processo para crescer e aprender, porém acredito que quando elas se encontrarem, quando a atividade correr no sangue, ali é o lugar certo para elas se desenvolverem e crescerem profissionalmente. As empresas são o campo fértil para elevar a capacidade pessoal de cada um dos funcionários, e quanto mais nós conhecemos os profissionais que trabalham conosco melhor podemos aproveitá-los. A pessoa certa no lugar certo é o grande diferencial competitivo dos últimos tempos.

Leonardo Siqueira Borges
Formado em Administração de Empresas, com MBA em Gestão Emrpesarial. É coordenador de Sistemas da Qualidade, instrutor e palestrante de treinamentos relacionados à qualidade e planejamento estratégico. Foi Presidente do Comitê da Serra Gaúcha do PGQP – Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade e Diretor de Desenvolvimento e Competitividade Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC).

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